O aquecimento global e as mudanças climáticas estão entre os maiores desafios enfrentados pela humanidade. Esses problemas afetam diretamente as nossas vidas, a economia e a biodiversidade do planeta. As conferências da ONU sobre o clima, como a COP, Conferência das 197 Partes que aderiram à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, têm desempenhado um papel importantel na definição de políticas globais e na busca por soluções sustentáveis. Em 2025, o Brasil será o anfitrião da 30ª edição da COP, a COP 30, um evento que promete ser histórico devido à urgência da crise climática e à necessidade de ações concretas para evitar um futuro ainda mais devastador para o planeta.

Mas o que isso tem a ver com o contexto educacional? A resposta é simples: engajamento. A escola é o ambiente ideal para cultivar a conscientização e a responsabilidade ambiental nas futuras gerações. Uma maneira poderosa de envolver alunos e professores na discussão sobre o clima é por meio de uma experiência imersiva que simule a COP 30, permitindo que os participantes sintam a magnitude de um evento global, compreendam as negociações internacionais e se tornem defensores ativos do meio ambiente. Neste artigo, vamos explorar como essa experiência pode ser criada, quais são seus benefícios e como ela pode ser implementada em uma escola.

O que é a COP 30?

A COP 30 será a 30ª edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC). Essa conferência reúne representantes de países, cientistas, organizações não governamentais (ONGs), empresas e cidadãos de todo o mundo para discutir soluções para a crise climática. Durante a COP, são discutidas políticas e compromissos internacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promover a sustentabilidade e mitigar os impactos das mudanças climáticas.

A COP 30, em particular, será um evento fundamental, já que estamos vivendo um momento de urgência climática. As metas do Acordo de Paris, assinado em 2015, têm sido um marco nas negociações internacionais, mas o mundo está longe de atingir as metas necessárias para evitar um aquecimento global catastrófico. A COP 30 será uma oportunidade única para os países reafirmarem seus compromissos, discutirem novas ações e, sobretudo, para a sociedade civil se engajar de forma mais ativa.

A Importância da COP 30 para o Cenário Mundial do Meio Ambiente

A COP 30, a ser realizada na cidade de Belém, no estado do Pará, Brasil, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, representa um marco crucial para o futuro do meio ambiente no cenário global. Com a crescente intensidade e frequência de desastres naturais, secas, inundações e eventos climáticos extremos, a necessidade de ações concretas para mitigar as mudanças climáticas nunca foi tão urgente. A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) será uma oportunidade única para líderes mundiais, cientistas, empresas e sociedade civil se reunirem para definir compromissos mais ambiciosos e eficazes para enfrentar a crise climática.

A COP 30 será importante por vários motivos. Primeiramente, ela ocorrerá em um contexto em que as metas do Acordo de Paris, assinado em 2015, ainda estão longe de ser atingidas. O mundo precisa acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa para evitar os piores cenários de aquecimento global. A COP 30, portanto, será um momento decisivo para revisar os compromissos climáticos de cada país e estabelecer ações que garantam a manutenção do aumento da temperatura global abaixo dos 1,5°C.

Além disso, a conferência terá grande importância para as nações mais vulneráveis, como os países em desenvolvimento e pequenas ilhas, que são as mais afetadas pelas mudanças climáticas e as que têm menos recursos para lidar com seus impactos. O evento será uma oportunidade para reforçar os compromissos de financiamento climático, garantindo que esses países recebam apoio suficiente para se adaptarem aos impactos climáticos e implementarem soluções sustentáveis.

A realização da COP 30 no Brasil também trará um significado especial, considerando a biodiversidade única do país e o papel vital da Amazônia no equilíbrio climático global. A preservação dos biomas e a integração de políticas ambientais mais eficazes serão questões-chave na agenda da conferência, e o Brasil tem um papel central em influenciar as negociações que envolvem a proteção da natureza e os esforços de reflorestamento.

O sucesso dessa conferência poderá ser decisivo para determinar a capacidade da humanidade de enfrentar a crise climática e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

Por que criar uma experiência imersiva sobre a COP 30 na escola?

A criação de uma experiência imersiva simulando a COP 30 na escola oferece uma série de benefícios pedagógicos e sociais. Ao simular uma conferência de clima, os alunos não apenas aprendem sobre as questões ambientais e as políticas públicas, mas também desenvolvem habilidades essenciais como trabalho em equipe, liderança, comunicação, resolução de conflitos e pensamento crítico.

Além disso, uma simulação desse tipo oferece a oportunidade de despertar o senso de urgência e a responsabilidade dos alunos em relação à crise climática. Ao vivenciar o processo de negociação e as complexas discussões globais sobre o futuro do planeta, eles ganham uma compreensão mais profunda dos desafios que enfrentamos e das ações necessárias para superá-los.

Outra vantagem importante é que essa experiência imersiva pode ser um excelente ponto de partida para debates e reflexões sobre o papel de cada um na proteção do meio ambiente. Os alunos aprendem sobre as questões climáticas e também são incentivados a pensar em soluções criativas e inovadoras, seja em suas comunidades, escolas ou até mesmo em nível global.

Como criar uma simulação da COP 30 na sua escola?

Criar uma simulação da COP 30 na sua escola pode parecer desafiador à primeira vista, mas com planejamento adequado, recursos criativos e o envolvimento de professores e alunos, é possível montar uma experiência educativa única e impactante. Aqui estão os principais passos para organizar uma simulação imersiva da COP 30 na sua escola:

1. Planejamento e Preparação

O primeiro passo é entender o conceito da COP e os temas relevantes que serão discutidos. O objetivo não é apenas recriar a conferência, mas também contextualizar as questões ambientais, as negociações políticas e as metas globais para o futuro do planeta.

● Defina o formato da simulação: Será uma simulação de uma conferência real, com representantes de diferentes países? Ou será uma versão mais simplificada, onde os alunos atuam em papéis específicos? Defina qual será o escopo e os objetivos da atividade.

● Escolha os tópicos: Identifique os temas centrais que serão debatidos durante a simulação. Isso pode incluir o Acordo de Paris, metas de emissões de carbono, energias renováveis, mudanças climáticas e suas consequências, financiamento climático para países em desenvolvimento, entre outros.

● Distribua os papéis: Na COP, diferentes países têm papéis e interesses distintos. Os alunos podem assumir a representação de países (ricos, em desenvolvimento, pequenas nações insulares) e, com isso, explorar como as negociações podem ser influenciadas por fatores políticos e econômicos.

2. Pesquisa e Preparação dos Participantes

Os alunos precisam se aprofundar nas questões climáticas e na posição dos países que irão representar. Incentive-os a pesquisar os interesses e as políticas ambientais de seus respectivos países, bem como os compromissos climáticos já assumidos em edições anteriores da COP.

● Papel dos alunos: Cada aluno pode ser responsável por uma parte específica da pesquisa, como a elaboração de uma posição oficial de um país ou a preparação de discursos de representantes. Em grupos, os alunos devem pesquisar as principais questões climáticas e preparar suas apresentações.

● Mentoria de professores: Os professores podem atuar como consultores para orientar os alunos na preparação e garantir que as informações sejam precisas.

3. Organização da Conferência

A conferência simulatória precisa ser organizada de forma a replicar a dinâmica de uma COP real, com sessões plenárias, grupos de trabalho e comitês especializados. É importante criar um cronograma claro e estabelecer regras de procedimento para garantir que a simulação ocorra de maneira fluida.

● Divisão em comitês: Assim como na COP real, crie diferentes comitês ou grupos de trabalho, como o Comitê de Mitigação, o Comitê de Financiamento Climático, ou o Comitê de Adaptação às Mudanças Climáticas.

● Simulação das discussões: Durante a conferência, os alunos devem apresentar as posições de seus países, negociar compromissos e chegar a um acordo (ou não). O objetivo é simular o processo de negociação real, com discussões acaloradas, compromissos, propostas e emendas.

● Criação de documentos: Os alunos devem elaborar declarações oficiais, resoluções e acordos finais, assim como acontece em uma conferência real. Essas produções podem ser apresentadas ao final da simulação.

Benefícios de Criar uma Simulação da COP 30 na Escola

1. Conscientização ambiental: Ao vivenciar o processo de negociação internacional, os alunos compreendem melhor os desafios e as complexidades das mudanças climáticas, adquirindo um senso de urgência e responsabilidade.

2. Habilidades de negociação e liderança: Os alunos aprendem a negociar, a ouvir diferentes pontos de vista e a trabalhar em equipe para alcançar objetivos comuns.

3. Pensamento crítico e criativo: A simulação estimula os alunos a pensar de maneira crítica sobre os problemas globais e a desenvolver soluções inovadoras e práticas.

4. Empoderamento: Os alunos se sentem mais capacitados a agir, não apenas no contexto da escola, mas também em suas comunidades e no mundo.

5. Engajamento com a agenda global: Participar de uma simulação de uma COP faz com que os alunos se sintam parte de um movimento global em busca de soluções para a crise climática.