Além disso, a estrutura curricular da nova política dá ênfase à Formação Geral Básica (FGB), que será composta por disciplinas definidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), abrangendo áreas fundamentais como Ciências, Matemática, História, Geografia e Linguagens. Essa formação básica visa garantir que todos os alunos tenham uma base sólida de conhecimentos, enquanto os itinerários formativos oferecem a flexibilidade necessária para aprofundamento e especialização. A expectativa é que essa mudança torne o ensino médio mais dinâmico, diversificado e mais preparado para os desafios contemporâneos.
Outro aspecto importante da nova política é a ampliação da oferta de disciplinas de línguas estrangeiras, com a obrigatoriedade de ensino do inglês e a opção de espanhol como segunda língua estrangeira. Com isso, a reforma busca preparar os alunos para um mundo em que o domínio de outros idiomas é fundamental para a inserção no mercado de trabalho e para a mobilidade internacional.
A implementação dessa nova estrutura exigirá um processo gradual nas escolas. Em 2025, as mudanças começarão a ser aplicadas aos estudantes da primeira série do ensino médio, estendendo-se para as demais séries nos anos seguintes, até 2027. Essa transição gradual visa dar tempo para que as escolas se ajustem à nova política, tanto em termos de currículo quanto de formação de professores e adequação de recursos. A adaptação das escolas, portanto, será um grande desafio, que envolverá a revisão dos currículos, a criação de novas estratégias pedagógicas e a formação contínua dos educadores.
O novo modelo curricular, com mais flexibilidade e foco na formação técnica, representa uma oportunidade para diminuir a evasão escolar, pois oferece aos alunos uma educação mais próxima das suas realidades e interesses profissionais. A proposta é que, ao final do ensino médio, o estudante saia mais preparado para enfrentar o mercado de trabalho ou seguir sua formação acadêmica superior, de acordo com a escolha feita ao longo dos anos escolares. Contudo, essa flexibilização exige uma gestão eficiente das escolas e uma preparação cuidadosa de professores e educadores para oferecer um ensino de qualidade que respeite as escolhas dos alunos, sem perder de vista os objetivos de formação integral.